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Governo da Argentina diz que não há tecnologia para retirar submarino

O ministro de Defesa da Argentina, Oscar Aguad, afirmou neste domingo (18) que não existe tecnologia capaz de retirar o submarino ARA San Juan, localizado ontem (17) a 900 metros de profundidade no Oceano Atlântico. "A Argentina não conta com meios ...

O ministro de Defesa da Argentina, Oscar Aguad, afirmou neste domingo (18) que não existe tecnologia capaz de retirar o submarino ARA San Juan, localizado ontem (17) a 900 metros de profundidade no Oceano Atlântico.

“A Argentina não conta com meios técnicos para resgatar ou emergir o submarino. Não deve haver no mundo tecnologia para retirar 2,3 mil toneladas de peso do fundo do mar”, afirmou Aguad.

Em entrevista à Rádio Mitre, o ministro explicou que o governo tem dinheiro para contratar uma empresa especializada nesse tipo de operação, caso necessário, e ressaltou que se houver tecnologia para fazer a retirada, o processo deve demorar muitos anos.

“É um equipamento de 2,3 mil toneladas”, reiterou o ministro.

Marinha mantém busca do submarino argentino ARA San Juan, mas suspende resgate

Ssubmarino argentino ARA San Juan naufragou há um ano – Arquivo/ Divulgação/Marinha da Argentina

Criticado pelos parentes dos 44 tripulantes que estavam a bordo do submarino na hora do desaparecimento há mais de um ano, Aguad ressaltou que sempre disse a verdade aos familiares das vítimas e que a localização da embarcação é uma prova disso.

“Ele afundou por uma implosão, não por fatores externos. Não estou e nem estive em condições de mentir aos familiares. Não temos capacidades técnicas para trazê-lo do fundo do mar”, afirmou.

Perguntado sobre a responsabilidade jurídica do governo em resgatar o submarino, o ministro disse que a juíza responsável pela investigação do desaparecimento, Marta Yáñez, terá papel fundamental na decisão. No entanto, reconheceu que não considera que ela tenha poder para decidir uma questão desta natureza.

“Sobre a busca, esse caso terminou porque ficou provado que o submarino implodiu e naufragou duas horas depois da última comunicação. Resta determinar quais são as responsabilidades da Marinha”, explicou o ministro.