Criador do programa Cies Global em 2008, para levar atendimento médico especializado a comunidades carentes, o médico Roberto Kunimassa Kikawa, 48 anos, foi assassinado com dois tiros durante uma tentativa de assalto na zona sul de São Paulo. Ele ficou conhecido ao construir unidades móveis de exames dentro de carretas.
O médico deixa a mulher e dois filhos. A partir do meio-dia, haverá um culto de despedida na Igreja Holiness do Bosque, em São Paulo. O enterro está marcado para as 16h no Cemitério da Consolação.
Imagens da câmera de segurança mostram o momento que o carro do médico foi cercado na noite de sábado (10) por dois homens. Um deles tenta retirar Kikawa de dentro do veículo, sem sucesso. O outro atira, mas de longe novamente tenta acertar o médico.
Em nota, o Cies Global comunicou a morte de Kikawa como mais uma “vítima da violência na cidade de São Paulo”.
O texto lembrou que o gastroenterologista fez uma promessa ao pai de que seria um médico humano e assim cumpriu seu ncompromisso. “O juramento consistia que ele fosse um médico mais humano, que olhasse nos olhos das pessoas e as atendesse com a atenção que mereciam”, diz a nota.
O comunicado acrescenta que “dez anos depois, Roberto deixa um legado de mais de 2 milhões de pacientes do SUS [Sistema Único de Saúde] acolhidos nas centenas de unidades móveis e modulares do Cies Global e cerca de 600 profissionais de saúde e administrativos engajados com o DNA do Amor”.