A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou reajuste nas bandeiras tarifárias para o período de julho de 2022 a junho de 2023. A bandeira tarifária de julho será anunciada pela Agência na sexta-feira (24), já com os novos valores. Esse mecanismo sinaliza aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica e as condições de abastecimento do sistema, impondo valores extras, se ativado.
A bandeira verde, assim como em anos anteriores, não terá custo para o consumidor. Ela serve para sinalizar condições favoráveis de geração de energia.
A bandeira amarela passa a ser de R$ 2,989 para cada 100 kW/h (quilowatts-hora) consumidos no mês. O acréscimo será de 59% em relação aos R$ 1,874 cobrados entre julho de 2021 e junho de 2022.
A bandeira vermelha patamar 1 foi reajustada em 63,7%, passando de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kW/h consumidos.
No caso da bandeira vermelha patamar 2, o valor aprovado pela ANEEL é de R$ 9,795 a cada 100 kWh. O aumento é de 3,2%. Antes era de R$ 9,492.
Segundo a agência de energia elétrica, o recálculo retorna à metodologia seguida pelas bandeiras tarifárias desde 2016 e a bandeira vermelha patamar 2 cobre 95% dos eventos históricos conhecidos (e não 100% como no segundo semestre de 2021).
O acréscimo verificado nos valores se deve, entre outros, os dados do mercado de compra de energia durante o período de escassez hídrica em 2021, o custo do despacho térmico em razão da alta do custo dos combustíveis e a correção monetária pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que fechou 2021 com aumento de 10,06%.
A Aneel estima que, desde que as bandeiras foram criadas, elas geraram uma economia de R$ 4 bilhões aos consumidores de todo o país, porque evitam a incidência de juros sobre os custos de geração nos momentos menos favoráveis.