A nova ocorrência de carros atingidos por pedras jogadas da Ponte do Guaíba, em Porto Alegre, fez a prefeitura de Porto Alegre agendar uma operação para limpeza da região. Na quarta-feira (5) à noite, ao menos seis veículos foram atingidos por objetos arremessados entre a FreeWay e a avenida Castello Branco, na chegada à Capital.
A ação está prevista para ocorrer na próxima segunda-feira (10). Equipes da SMSUrb (Secretaria Municipal de Serviços Urbanos) e do DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana) vão fazer um mutirão de limpeza nas áreas do entorno da antiga Ponte do Guaíba. Além da limpeza e roçada, serão recolhidas as pedras soltas no local.
Conforme a Prefeitura de Porto Alegre, o mutirão vai contar com o trabalho de 20 pessoas, além de um caminhão, roçadeiras e uma retroescavadeira. O serviço está programado para iniciar a partir das 8h de segunda e deverá terminar no mesmo dia.
A ação também atende a um pedido do Ministério Público Federal, que recomenda medidas de diversos órgãos públicos para ampliar a segurança da região.
Providências sete meses depois de morte na região
A tomada de providências para evitar novos delitos contra motoristas que passam pela região da Ponte do Guaíba ocorre quase sete meses depois de uma mulher morrer após ficar gravemente ferida por uma pedrada. O ataque que resultou na morte de Munike Fernandes Krischke, 45 anos, ocorreu por volta das 21h do dia 12 de junho de 2021, dia dos Namorados.
Uma pedra grande foi jogada de uma das alças de acesso à Ponte do Guaíba. O relato policial aponta que o marido da vítima conduzia o veículo no sentido Litoral-Capital. Próximo da ponte do Guaíba, ele foi surpreendido pelo impacto de uma pedra. Quando olhou para o lado, encontrou a esposa desacordada. O paralelepípedo jogado contra o veículo ficou dentro do carro, nos pés da vítima. Munike chegou a ser internada no HPS (Hospital de Pronto-Socorro), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.
À época, a PRF foi acionada, mas não encontrou nenhum suspeito no local do ataque, próximo da Ponte do Guaíba. Várias operações ocorreram na região, mas o responsável pelo ataque que causou a morte de Munike não foi identificado.