A Polícia Federal faz operação de busca e apreensão de documentos em dois endereços da Precisa Medicamentos nesta sexta-feira (17). A empresa é investigada por supostas irregularidades para a aquisição de vacinas Covaxin, fabricadas na Índia.
O objetivo da ação é acessar a íntegra de todos os documentos relacionados ao contrato que a empresa teria firmado com a Bharat Biotech. A ação está sendo realizada após pedido da CPI da Covid e autorização do ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal). O procurador-geral da República, Augusto Aras, deu parecer favorável à operação.
A Precisa e o Ministério da Saúde não revelaram a íntegra do contrato para a compra da vacina Covaxin, nem quanto a empresa lucraria com o negócio. O único documento fornecido pela empresa para a CPI da Covid é um “memorando de entendimento” e não um contrato formal, com as cláusulas do trâmite.
Segundo o pedido da CPI, há “graves indícios de irregularidades contratuais e fiscais na negociação da imunizante Covaxin”. O contrato com a Precisa Medicamentos para a aquisição das vacinas tinha valor de R$ 1,61 bilhão. O servidor Luis Ricardo Fernandes Miranda, chefe do setor de importação do Ministério da Saúde, relatou ter sofrido pressão atípica para tentar liberar a importação da vacina.
Depois do surgimento das suspeitas, o contrato da Precisa com o Ministério da Saúde foi suspenso e, posteriormente, cancelado. O documento havia sido assinado em 25 de fevereiro. Seriam 20 milhões de doses, a um custo individual de US$ 15 (R$ 79,55).
A Bharat Biotech descredenciou a Precisa Medicamentos como sua representante após ser informada de suposta falsificação de documentos.